Dia Nacional de Luta e Luto, CUT, centrais e movimentos sociais

Dia Nacional de Luta e Luto, CUT, centrais e movimentos sociais

Nesta primeira sexta-feira (7) o grito ‘Fora, Bolsonaro’, pela vida e por empregos ecoará em 23 estados do Brasil. As manifestações ocorrem na semana em que o país vai registrar 100 mil mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. E em homenagem às vitimas, os trabalhadores e trabalhadoras farão atos simbólicos, como os 100 minutos de paralisação em fábricas do ABC, as 100 cruzes que serão colocadas em pontos de grande circulação de Maceió e Goiânia, 100 faixas em Salvador e 100 balões em Porto Alegre, entre outras ações.

O ato nacional com os presidentes das centrais será ao meio dia na Praça da Sé, em São Paulo - veja abaixo lista de atos em todo o Brasil -, mas qualquer lugar do país ou do mundo, todos poderão participar pelas redes sociais, usando a hashtag principal e unitária da ação, que será #7deagostopelavida.

É o Dia Nacional de Luta pela Vida e dos Empregos organizado pela CUT, demais centrais e frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo cujo objetivo é denunciar o descaso de Jair Bolsonaro (ex-PSL) e seu governo com o combate a pandemia do novo coronavírus e os recordes de desempregados no país.

“Temos que gritar que este governo não pode mais continuar no poder, por nossos direitos e por nossas vidas. E como não podemos fazer grandes atos de rua, como estamos acostumados, iremos fazer mobilizações de forma simbólicas, que poderão nos ajudar a consolidar um forte processo de mobilização e denúncia contra Bolsonaro porque ter 100 mil mortes é uma verdadeira tragédia e este governo é um genocida”, afirmou a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro.

Segundo ela, como a orientação da CUT é que se mantenha o isolamento social como única forma de combater a Covid-19, os sindicatos filiados à Central em diversas cidades brasileiras vão fazer atos pequenos com o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), evitando aglomerações. O uso de álcool em gel também foi recomendado. As ações serão das mais diversas formas, desde colocar faixas em praças, ruas, locais de trabalho, até panfletagens e atos para dialogar com a sociedade e explicar o porquê continuar com Bolsonaro poderá piorar a situação de toda população, disse a dirigente.

“Nós jamais podemos ser indiferentes com as mortes que aconteceram nestes últimos 5 meses. São vidas que foram tiradas de responsabilidade de um governo que não tem nenhum compromisso com a vida e nem com a classe trabalhadora. Nós também vamos denunciar a insuficiência de auxílio financeiro, o descaso com o desemprego, a falta de política para garantir renda e trabalho e as atrocidades de Bolsonaro contra o povo durante a maior pandemia da história”, ressaltou.

100 minutos de paralisação

Nas fábricas no ABC, os trabalhadores e trabalhadoras farão 100 minutos de paralisação em homenagem às vítimas da pandemia e os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos (SMABC) irão alertar a categoria sobre a importância do ‘fora, Bolsonaro’ para evitar que o país chegue a 200 mil mortes.

“Esse 7 de agosto, essa mobilização, é na verdade um dia de muita tristeza. Mas é preciso lembrar, chamar a atenção para o que está acontecendo no nosso país. Não queremos, de forma alguma, ter de realizar mais tarde um novo ato por 200 mil mortes. Falta seriedade do governo para discutir e enfrentar essa situação, seriedade perante aquilo que é mais caro, mais importante a todos nós, que é a vida”, disse o secretário-Geral do SMABC, Moisés Selerges.

 

(Fonte: CUT Brasil - Erika Aragão)