Americanas admite fraude nos resultados contábeis da empresa

Americanas admite fraude nos resultados contábeis da empresa

O atual diretor-presidente da Americanas, Leonardo Coelho, disse nesta terça-feira, 13/6, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas, na Câmara dos Deputados. admitiu que houve fraude nos balanços contábeis da varejista, ou seja, o que era inconsistência contábil, depois passou a ser chamada de crise, na verdade é fraude.
A empresa inflava seus resultados, mas como eles não apareciam no caixa, tinham de ser descontados de alguma forma: daí o uso de contratos fraudados de verbas de publicidade serem abatidos da “conta fornecedores”.
Em documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Americanas admitiu que houve fraude no rombo inicialmente de R$ 20 bilhões divulgado no começo do ano e hoje está apurado em mais de R$ 50 bilhões. Em janeiro, a empresa falava em “inconsistências contábeis”.
Os documentos que deram origem ao relatório, disse a Americanas, demonstram ainda que a diretoria anterior da companhia teria se movimentado para ocultar do conselho de administração e do mercado a real situação da varejista.
Essa diretoria tinha no comando três empresários (Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, sócios do fundo 3G Capital), exatamente o grupo que comprou as ações da Eletrobras, vendidas pelo governo Bolsonaro.
Os empresários, que estão entre os mais ricos do País, com um patrimônio conjunto estimado em US$ 37 bilhões (por volta de R$ 180 bilhões), estão por trás de multinacionais como AB InBev, Kraf t Heinz e Burger King. Eles sempre negaram ter conhecimento do rombo.
Outro fato importante é que a PwC (Price Waterhouse Coopers), uma das quatro maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, que aprovou balanços considerados fraudulentos da Americanas, também foi a responsável por avalizar e recomendar a privatização da Eletrobras.
Os rentistas da 3G conseguiram privatizar a Eletrobras com o argumento de que haveria mais investimentos. Passado quase um ano da privatização, não se viu investimento. Mas não faltou demissão em massa e aumentos absurdos de remuneração para os administradores, enquanto a empresa registra o primeiro prejuízo em muitos anos.
O Grupo 3G está à frente da Eletrobras e em caso de rombos, fraudes, prejuízo e falência, os resultado serão devastadores ao povo brasileiro, atendido pela geradora de energia Eletrobras, com danos riscos de falta de energia, apagões, aumento de tarifa, etc.